
Muitas das flores
são provenientes de fontes naturais: a rosa e o jasmim são notoriamente
valorizados por suas essências incomparáveis, conseguidas através de diversas
técnicas (extração por solventes, enfleurage, destilados). Os outros extratos
de flores naturais incluem Giesta, Tuberosa, Lavanda, Osmanthus, Immortelle,
Ylang ylang e Calêndula.
Outras flores são
muito difíceis de conseguirmos extrair sua essência, portanto precisam ser
reproduzidas em laboratório. Violetas, Lótus e Lírios aquáticos produzem um
absoluto, mas em tão pouca quantidade que são necessárias muitas flores,
tornando o rendimento muito pequeno em relação ao preço. Só perfumes de nicho,
artesanais e marcas de perfumes naturais é que podem se dar ao luxo de usá-los.
As flores
mencionadas a seguir são normalmente reconstruídas no laboratório através de
uma combinação de várias moléculas sintéticas: Frésia, Peônia, Lírio do vale,
Mimosa, Heliotrópio, Violeta (na sua maioria das vezes), Junquilho, Narciso,
Jacinto
Os aromas florais
dão muitas vezes um toque romântico e feminino a uma composição, acentuando a
sensação de beleza natural delas, criando uma brisa nos acordes de notas de
saída, tecendo uma trama onde tudo tem seu devido lugar, e suavizando um pouco
da densidade de materiais mais tenazes, como resinas e bálsamos.
Os extratos de
flores naturais também trabalham com a psique, pois tomando a aromaterapia como
exemplo, acredita-se que existe uma influência no emocional através do contato
com o mundo natural, que proporciona uma elevação espiritual.
As flores
desempenham um papel importante na família das fragrâncias florais obviamente,
mas de uma forma ou de outra elas conseguem ser inseridas em quase todas as
composições de perfumes; da água de colônia mais leve para o perfume oriental
mais exuberante, inclusive em alguns perfumes masculinos. Elas desempenham um
papel especialmente intrigante em composições "orientais-florais"
(florientais), onde elas brilham no meio da opulência de materiais de origem
oriental. [Fragrantica]